Os ureteres são tubos musculares longos e pouco calibrosos, delimitados superiormente pela pelve renal ao nível do hilo e inferiormente pelo óstio do ureter, situado no assoalho da bexiga. Eles são responsáveis por conduzir a urina dos rins à bexiga, por meio de ondas peristálticas e com auxílio da gravidade1.Normalmente, os ureteres apresentam constrições relativas em três locais: (1) na junção dos ureteres e pelves renais – junção ureteropélvica; (2) onde os ureteres cruzam a margem da abertura superior da pelve e/ou cruzam com a artéria ilíaca externa, e (3) durante sua passagem através da parede da bexiga urinária. Essas áreas de constrição possuem maior probabilidade de obstrução por cálculos ureterais e, quando isso ocorre, os nervos da parte abdominal dos ureteresque têm origem nos plexos renal, aórtico abdominal e hipogástrico superior e que possuem fibras aferentes visceraisconduzem a sensação de dor1.Quando não eliminados espontaneamente, procura-se tratar os cálculos ureterais de maneira minimamente invasiva e, por isso, o padrão ouro é a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO)2. Nos casos em que os cálculos são resistentes à LECO, geralmente, o método de escolha é a ureterolitotripsia com duplo J, que consiste em introduzir o ureteroscópio, por meio da uretra, bexiga e até o ureter, localizar o cálculo, fragmentá-lo e retirá-lo com pinças. Um cateter duplo J, então, é colocado no ureter para mantê-la aberta durante o processo de cicatrização3, 4.